O carnaval tem coisas assim:
Samba, suor e futebol.
Muita gente, muitos fatos ou quase nada.
Disso tudo, sobra pouco para mim.
Quem sabe o colorido expressivo.
No botequim uma comida qualquer.
Nas ruas, a confusão, o barulho.
Horas a fio esse desconforto
E algumas brigas de rotina
Pessoas que fazem parte desse enredo
Outras que vêm de longe.
Que loucura, minha gente.
O perigo em toda parte.
Mulher veste de homem
E homem veste de mulher.
Trânsito desordenado. Horário ficou no passado.
Sua mente pensa em desordem total
Não se espante, é carnaval.
A fisionomia das pessoas após o desfile é variada.
Cara de sono, cara de fome, cara de fantasia
E assim o carnaval vai passando.
Quando a cigana percebeu já estava envolvida
É o perde e ganha e o ganha e perde.
Entre um beijo na loura e um cheiro na morena.
Certas fantasias demonstram a felicidade
Outras, o mau gosto da pessoa.
Em nome de Momo, a festa se desenrola
As escolas disputam a prioridade
As baterias já cansadas esperam a consagração
A mulata suada delira em pensamentos.
Serpentinas e confetes já vão terminar
Ansiosidade se faz presente em toda parte.
De que adianta quatro dias fora da realidade?
Agora é hora da verdade. Acordar dos sonhos.
Tudo vai recomeçar.
Carnaval até o próximo ano.
José Carlos de Arruda.
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