sábado, 28 de julho de 2018

LUSOFONIA






Nove países em quatro continentes diferentes: esse é o mundo lusófono, que apesar das diferenças culturais, partilha um mesmo idioma.


O Brasil é considerado o maior país lusófono, pois conta com o maior número de falantes de língua portugues


Certamente você já deve saber que, na América do Sul, o Brasil é o único país cuja língua oficial é o português. Nossos vizinhos, em virtude da colonização espanhola, adotaram o espanhol como idioma, o que faz de nós, brasileiros, os únicos no continente a falar o idioma de Portugal. Somos linguisticamente solitários por aqui, mas não se engane, o português é o oitavo idioma mais falado no mundo!

A colonização portuguesa deixou-nos a “última flor do Lácio” – como já dizia Olavo Bilac – como herança cultural. Fomos a maior colônia de Portugal, mas outros países também receberam a ilustre “visita” dos portugueses. No mundo todo, o português é a língua oficial em nove países de quatro continentes:

Mundo Lusófono

Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Brasil, Moçambique, Timor Leste, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial: países unidos pelo idioma.

Angola = 25,02 milhões de habitantes

Brasil = 207.435 milhões de habitantes

Cabo Verde = 531.725 mil habitantes

Guiné-Bissau = 1,926 milhão de habitantes

Moçambique = 29.425 milhões de habitantes

Portugal = 10,5 milhões de habitantes

São Tomé e Príncipe = 198 mil habitantes

Timor Leste = 1,230 mil habitantes

Guiné Equatorial = 890 mil habitantes

Nove países em quatro continentes adotam a língua portuguesa como idioma oficial.

Ao observarmos o mapa do mundo lusófono (adjetivo que classifica os países que têm o português como língua oficial ou dominante), podemos perceber que nosso idioma abrange uma área vasta, porém, descontínua, o que ocasiona diferenças consideráveis em sua pronúncia, gramática e vocabulário. Mesmo assim, apesar das discrepâncias culturais, ainda mantemos a sua unidade, que apresenta coesão entre as suas variedades linguísticas.

Visando à promoção e divulgação do idioma, foi criada, em 1996, a CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que inicialmente reuniu Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe; em 2002, contou com a adesão de Timor-Leste e, posteriormente, em 2014, Guiné Equatorial, atingindo assim cerca de 230 milhões de pessoas pertencentes a uma mesma comunidade linguística. Outra iniciativa importante para a unificação do idioma aconteceu em 2009, com a divulgação do Novo Acordo Ortográfico, iniciativa que uniformizou a grafia das palavras dos países lusófonos. Somos hoje o país com maior número de falantes da língua portuguesa, portanto, nada mais natural do que zelarmos pela representação da língua portuguesa no Brasil e no exterior.

por: Luana Castro Alves Perez




domingo, 15 de julho de 2018

ATUALIZAÇÃO em L.P.




Entrou em vigor dia 01/01/2009 as novas regras ortográficas da língua portuguesa com o intuito de unificar o idioma nos 8 países em que o utilizam como língua principal. O período de adaptação será de 4 anos, portanto serão consideradas corretas as duas grafias até 31/12/2012, mas o ideal é já ir se acostumando porque provavelmente muitas questões de concursos já serão baseadas nas novas regras.

Confira aqui quais são as novas regras e quais alterações ocorreram:


ALFABETO


Nova Regra: O Alfabeto agora passa a ser oficialmente formado por 26 letras.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas letras do nosso alfabeto

Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano.


TREMA


Nova Regra: Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça...

Aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça...



ACENTUAÇÃO


Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, heróico, apóio, paranóico...

Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, heroico, apoio, paranoico...

Observações:

• Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossólabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.

• O acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.


Nova Regra: O hiato 'oo' não é mais acentuado.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abencôo, povôo...

Enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abencoo, povoo...


Nova Regra: O hiato 'ee' não é mais acentuado.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem...

Creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem...


Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em palavras homográficas.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)...

Para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)...

Observação: O acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por'.


Nova Regra: Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais rizotônicas, quando precedidos de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, qui, gui, qui).

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, oblíque...

Argui, apazigue, averigue, enxague, enxaguemos, oblique...


Nova Regra: Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Baiúca, boiúna, cheiínnho, saiínha, feiúra, feiúme...

Baiuca, boiuna, cheiinnho, saiinha, feiura, feiume...


HÍFEN

Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 's' sendo que essas devem ser dobradas.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível...

Antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, autossugestão, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, ultrassonografia, semirreal, semissintético, suprarrenal, suprassensível...

Observação: Em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente...


Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado...

Autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado...

Observações:

• Esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico...

• Esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h' anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo...


Nova Regra: Agora se utiliza hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico...

Anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico...

Observações:

• Esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo que termina com vogal + palavra que inicia com vogal diferente = não têm hífen, prefixo que termina com vogal + palavra que inicia com mesma vogal = com hífen.

• Uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', não utiliza-se hífen.


Nova Regra: Não se usa mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição.

Como era com a regra antiga

Como ficou com a regra atual

Manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento...

Mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque, paravento...

Observações Gerais:

O uso do hífen permanece:

• Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice' e 'soto'. Exemplos: ex-marido, vice-presidente, soto-mestre...

• Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em vogal, M ou N. Exemplos: pan-americano, circum-navegação...

• Em palavras formadas com prefixos 'pre', 'pró' e 'pós' + palavras que tem significado próprio. Exemplos: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação...

• Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém' e 'sem'. Exemplos: além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto...

Não existe mais hífen:

• Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais). Exemplos: Cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de... Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-Deus-dará, à queima-roupa...




sábado, 14 de julho de 2018

A LÍNGUA PORTUGUESA E OS PENSAMENTOS



 


Mistral , Gabriela
Todo o país escravizado por outro ou outros países, tem na mão, enquanto souber ou puder conservar a própria língua, a chave da prisão onde jaz.


Baudelaire , Charles
Manejar sabiamente uma língua é praticar uma espécie de feitiçaria evocatória.


Lao-Tsé
A língua das mulheres é a sua espada e têm o cuidado de a não deixarem enferrujar.


Fichte , Johann
A língua de um povo é a sua alma.


Textos Judaicos
A língua fere mais do que o toque da espada.

Pensamento rabínico


Barthes , Roland
A linguagem é como uma pele: com ela eu contacto com os outros.


Nodier , Charles
O maior dos crimes é matar a língua de uma nação com tudo aquilo que ela encerra de esperança e de génio.


Goethe , Johann
Quem não conhece línguas estrangeiras, não sabe nada da própria.

Máximas e Reflexões


Voltaire
Cada ciência, cada estudo, tem o seu próprio e ininteligível calão, que apenas parece ter sido inventado para evitar as aproximações.


Jiménez , Juan Ramón
Quem aprende uma nova língua adquire uma alma nova.





quarta-feira, 4 de julho de 2018

PROFESSOR DE L.P. USA WHATSAPP PARA MINISTRAR AULAS



Você tem WhatsApp? O serviço de troca de mensagens é uma verdadeira febre hoje em dia. É raro encontrar algum adolescente que não tenha um smartphone com o aplicativo instalado. O problema é quando o uso em excesso para fins de lazer prejudica o andamento das aulas. O maior desafio é o de conquistar a atenção dos alunos perante a tecnologia. A solução encontrada é utilizar o aplicativo e suas ferramentas a favor do saber. E assim fez o professor de português e redação Christian Catão.

“Eu percebia que as aulas de gramática normativa como o uso da crase, pontuação e emprego do hífen, estavam se tornando monótonas e cansativas, pois são cheias de regras. Os alunos não estavam se interessando muito e o resultado nas provas não estavam bons. Refleti e pensei o que poderia fazer para mudar essa realidade. Eu tinha em mãos um instrumento que os alunos gostam tanto que é a utilização do celular e do WhatsApp, então porque não compartilhar por meio do aplicativo dicas, textos, áudios e vídeos, para que eles possam se interessar mais pelas aulas”, conta.

O uso como ferramenta pedagógica começou há cerca de 3 anos. Christian relata que cria um grupo e adiciona os alunos. Em seguida, passa as regras de como ele vai funcionar. “Por exemplo, se vou trabalhar com crase, uma semana antes eu já mando nesse grupo textos teóricos relacionados ao emprego da crase. Envio arquivos em PDF para que eles possam se inteirar do assunto. Inclusive com exercícios para que eles venham para a aula com algum conhecimento sobre o conteúdo a ser trabalhado”.

De acordo com o professor, as aulas, a partir disso, começaram a ficar mais interessantes. “Consequentemente o resultado dos alunos, tanto na parte escrita da produção de textos, quanto na língua portuguesa começou a melhorar”. Ele afirma que o saber não está restrito apenas à sala de aula. “Isso já é uma tendência, inclusive há vários congressos que falam que essas novas tecnologias podem e devem ser usadas a favor do professor. Elas são um auxílio e tem um potencial pedagógico gigante”.

Ele afirma que em um primeiro momento a escola demonstrou certa resistência em permitir o uso do aplicativo até perceberem que isso poderia render bons frutos. “Atualmente não há nenhuma resistência. Ela tem incentivado o uso desde que seja didático-pedagógico. A escola do século XXI tem que dialogar com essas novas ferramentas e o professor precisa estar atento. Afinal de contas, estamos a todo o momento conectados e por que não utilizar essas tecnologias para ajudar na disseminação do saber?”.

Christian relata que a receptividade por parte dos alunos foi excelente. “Eles já fazem uso do smartphone e ficam online o tempo todo. Existem pesquisas que mostram que o celular é tido como uma ferramenta imprescindível, não só para falar, mas também para usar as redes sociais. E agora também serve a favor da educação. Alunos que são tímidos, geralmente se sentem mais à vontade no celular para fazer perguntas e tirar dúvidas que, eventualmente, surgem durante a explicação dos conteúdos em sala. Elas são esclarecidas por meio do aplicativo”, finaliza.

O estudante Rafael Lisboa, 18 anos, achou a ideia muito boa. “Nós já usamos o WhatsApp e tem ajudado bastante para estudar por ser informação rápida e fácil, já que é por meio do celular. O professor manda pra gente o material de estudo com links, imagens e vídeo. Notei uma melhora no rendimento escolar, ainda mais por se tratar de uma maneira mais descontraída de estudar”, afirma.

Daniel Amaro

Formado em jornalismo, Daniel tem 25 anos e possui experiência em assessoria de comunicação voltado para produção de conteúdo para web. Ama escrever sobre política, cultura, economia e saúde. É apaixonado por jornalismo investigativo e estudar inglês. É perseverante e adora desafios. Seu hobby preferido é viajar.




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