Você tem WhatsApp? O serviço de troca de mensagens é uma
verdadeira febre hoje em dia. É raro encontrar algum adolescente que não tenha
um smartphone com o aplicativo instalado. O problema é quando o uso em excesso
para fins de lazer prejudica o andamento das aulas. O maior desafio é o de
conquistar a atenção dos alunos perante a tecnologia. A solução encontrada é
utilizar o aplicativo e suas ferramentas a favor do saber. E assim fez o
professor de português e redação Christian Catão.
“Eu percebia que as aulas de gramática normativa como o uso
da crase, pontuação e emprego do hífen, estavam se tornando monótonas e
cansativas, pois são cheias de regras. Os alunos não estavam se interessando
muito e o resultado nas provas não estavam bons. Refleti e pensei o que poderia
fazer para mudar essa realidade. Eu tinha em mãos um instrumento que os alunos
gostam tanto que é a utilização do celular e do WhatsApp, então porque não
compartilhar por meio do aplicativo dicas, textos, áudios e vídeos, para que
eles possam se interessar mais pelas aulas”, conta.
O uso como ferramenta pedagógica começou há cerca de 3 anos.
Christian relata que cria um grupo e adiciona os alunos. Em seguida, passa as
regras de como ele vai funcionar. “Por exemplo, se vou trabalhar com crase, uma
semana antes eu já mando nesse grupo textos teóricos relacionados ao emprego da
crase. Envio arquivos em PDF para que eles possam se inteirar do assunto.
Inclusive com exercícios para que eles venham para a aula com algum
conhecimento sobre o conteúdo a ser trabalhado”.
De acordo com o professor, as aulas, a partir disso,
começaram a ficar mais interessantes. “Consequentemente o resultado dos alunos,
tanto na parte escrita da produção de textos, quanto na língua portuguesa
começou a melhorar”. Ele afirma que o saber não está restrito apenas à sala de
aula. “Isso já é uma tendência, inclusive há vários congressos que falam que
essas novas tecnologias podem e devem ser usadas a favor do professor. Elas são
um auxílio e tem um potencial pedagógico gigante”.
Ele afirma que em um primeiro momento a escola demonstrou
certa resistência em permitir o uso do aplicativo até perceberem que isso
poderia render bons frutos. “Atualmente não há nenhuma resistência. Ela tem
incentivado o uso desde que seja didático-pedagógico. A escola do século XXI
tem que dialogar com essas novas ferramentas e o professor precisa estar
atento. Afinal de contas, estamos a todo o momento conectados e por que não
utilizar essas tecnologias para ajudar na disseminação do saber?”.
Christian relata que a receptividade por parte dos alunos
foi excelente. “Eles já fazem uso do smartphone e ficam online o tempo todo.
Existem pesquisas que mostram que o celular é tido como uma ferramenta
imprescindível, não só para falar, mas também para usar as redes sociais. E agora
também serve a favor da educação. Alunos que são tímidos, geralmente se sentem
mais à vontade no celular para fazer perguntas e tirar dúvidas que,
eventualmente, surgem durante a explicação dos conteúdos em sala. Elas são
esclarecidas por meio do aplicativo”, finaliza.
O estudante Rafael Lisboa, 18 anos, achou a ideia muito boa.
“Nós já usamos o WhatsApp e tem ajudado bastante para estudar por ser
informação rápida e fácil, já que é por meio do celular. O professor manda pra
gente o material de estudo com links, imagens e vídeo. Notei uma melhora no
rendimento escolar, ainda mais por se tratar de uma maneira mais descontraída
de estudar”, afirma.
Daniel Amaro
Formado em jornalismo, Daniel tem 25 anos e possui
experiência em assessoria de comunicação voltado para produção de conteúdo para
web. Ama escrever sobre política, cultura, economia e saúde. É apaixonado por
jornalismo investigativo e estudar inglês. É perseverante e adora desafios. Seu
hobby preferido é viajar.
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