sexta-feira, 11 de maio de 2018

MODERNIDADE NA LÍNGUA PORTUGUESA




A língua portuguesa entra em sua fase “moderna”  a partir do século XVI, através da definição da morfologia e da sintaxe, e portanto, do surgimento das primeiras gramáticas. A rica literatura renascentista teve um papel fundamental para a normatização do português moderno, principalmente através de Luís Vaz de Camões. Em 1572, quando Camões escreveu “Os Lusíadas”, a aplicação das regras gramaticais já se assemelhava muito com o que temos hoje, tanto em termos de sintaxe, quanto na morfologia.

Algumas mudanças ainda ocorreriam, mas não com tanto significado, quanto o que ocorreu nas fases anteriores de evolução da língua. Um fato considerável foi o fato de o trono espanhol governar Portugal, entre os anos de 1580 e 1640, quando algumas palavras do vocabulário castelhano foram incorporadas ao português. Outro fato foi a contínua influência francesa, através das artes, da literatura, e da cultura em geral, já no século XVIII, o que fez com que o português falado na metrópole se diferenciasse do português falado nas colônias.

Nos dois séculos seguintes (XIX e XX), com o avanço da tecnologia, foram incorporados novos vocábulos ao léxico português para designar os novos termos que surgiam, a maioria vindos do grego e do latim ou do inglês. Em 1990, em uma tentativa de uniformizar o vocabulário, foi criada uma comissão com representantes dos países de língua portuguesa, pois diferentes termos eram incorporados ao léxico de cada país, e um mesmo objeto era denominado de diferentes maneiras.

No Brasil, o português se modernizou junto com o país, principalmente após as reformas do Marquês de Pombal, com o fim da aristocracia clerical e a ascensão da burguesia. A língua começou, pois, a ser pensada de forma científica, inaugurando-se, em 1868, a moderna filologia portuguesa, através da publicação de “A Língua Portuguesa”, por Adolfo Coelho.

Em 1911, logo após a implantação da República, ocorreu a primeira reforma ortográfica em Portugal, abolindo o “ph” e as consoantes dobradas. Em 1931 foi gerado um acordo preliminar que buscava unificar as ortografias em Portugal e no Brasil, mas apesar de a reforma ter ocorrido poucos anos depois, em 1945, ela só foi aplicada em Portugal, e as disparidades entre as duas ortografias permaneceram. Somente um novo acordo em 1971 foi criado um novo acordo no Brasil abolindo os acentos graves dos advérbios terminados em –mente e nas palavras começadas por z.



O último acordo ortográfico a entrar em vigor foi o do ano de 2009, que buscou a unificação das ortografias entre os países de língua portuguesa, incluindo os países africanos.


Fontes:

http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_2.5.php
http://blogs.asa.pt/portuguesemdia/2009/10/01/historia-da-lingua-portuguesa-o-portugues-moderno/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_l%C3%ADngua_portuguesa#Portugu.C3.AAs_moderno_.28s.C3.A9c._XVI_-_s.C3.A9c._XXI.29
http://www.jn.pt/Dossies/dossie.aspx?content_id=3213131&dossier=Portugu%EAs%20atual

fonte 2: https://www.infoescola.com/linguistica/portugues-moderno/


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OPINIÃO



               A língua portuguesa entrou em sua fase “moderna”  a
partir do século XVI quando foram definidas a morfologia e a
 sintaxe. Os Lusíadas de Camões é um grande exemplo e desde que foi escrito as regras de gramática já tinham semelhança com o que temos hoje. O avanço tecnológico incorporou  novos vocábulos a língua. As reformas de Marques de Pombal  com o fim da aristocracia e o surgimento da burguesia a língua passou a ser mais “científica” nascendo daí a moderna filologia portuguesa.

               A primeira reforma ortográfica ocorreu em 1911 em Portugal. O primeiro acordo de unificação do português do Brasil com português de Portugal só ocorreu em 1931. No ano de 1945 a “reforma” só foi aplicada em Portugal e os problemas (disparidades) entre as duas línguas permaneceram. Finalmente em 1971 um novo acordo foi celebrado. Mas em 2009 a unificação entre os dois países e alguns países africanos fecharam a última modificação da língua em definitivo até hoje.



José Carlos de Arruda.



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