A palavra gíria é um termo da sociolinguística. Trata-se de
«linguagem informal caracterizada por um vocabulário rico em idiomatismos
metafóricos, jocosos, elípticos, ágeis e mais efêmeros que os da língua
tradicional»; «dialeto us[ado] por determinado grupo social que busca se
destacar através de características particulares e marcas lingüísticas
esp[eciais] em nível lexical [Seu processo de formação inclui truncamento,
sufixação parasitária, acréscimo de sons ou sílabas, uso de certos códigos
etc.]»; «linguagem de marginais que, não sendo exatamente compreendida por
outras classes sociais, costuma funcionar como mecanismo de coesão tribal e
como código interativo entre tais grupos [A gíria, a princípio linguagem de
marginais, estendeu-se a outros grupos sociais.]»; e «linguagem própria
daqueles que desempenham a mesma arte ou profissão; jargão» (cf. Dicionário
Eletrônico Houaiss). Por extensão de sentido, é «linguajar rude; calão» (idem).
Calão, no contexto pretendido, é «linguajar rude, grosseiro;
geringonça, gíria» e, por extensão de sentido, (regionalismo de Portugal com
uso pejorativo) «fala ou vocabulário próprio de um grupo determinado de
pessoas» (idem).
Assim, pode dizer-se que, em determinados contextos, gíria e
calão são sinónimos.
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