domingo, 21 de janeiro de 2018

CALÃO, GÍRIA E LÍNGUA PROFISSIONAL



A palavra gíria é um termo da sociolinguística. Trata-se de «linguagem informal caracterizada por um vocabulário rico em idiomatismos metafóricos, jocosos, elípticos, ágeis e mais efêmeros que os da língua tradicional»; «dialeto us[ado] por determinado grupo social que busca se destacar através de características particulares e marcas lingüísticas esp[eciais] em nível lexical [Seu processo de formação inclui truncamento, sufixação parasitária, acréscimo de sons ou sílabas, uso de certos códigos etc.]»; «linguagem de marginais que, não sendo exatamente compreendida por outras classes sociais, costuma funcionar como mecanismo de coesão tribal e como código interativo entre tais grupos [A gíria, a princípio linguagem de marginais, estendeu-se a outros grupos sociais.]»; e «linguagem própria daqueles que desempenham a mesma arte ou profissão; jargão» (cf. Dicionário Eletrônico Houaiss). Por extensão de sentido, é «linguajar rude; calão» (idem).

Calão, no contexto pretendido, é «linguajar rude, grosseiro; geringonça, gíria» e, por extensão de sentido, (regionalismo de Portugal com uso pejorativo) «fala ou vocabulário próprio de um grupo determinado de pessoas» (idem).

Assim, pode dizer-se que, em determinados contextos, gíria e calão são sinónimos.


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