O substantivo é uma classe gramatical que
serve para designar seres (visíveis ou não), ações, estados, sentimentos,
desejos e ideias. Podemos classificar "substantivo" como uma
variável que existe para dar nome a pessoas, sentimentos, objetos, lugares etc.
Não
importa se você já é um redator experiente ou novato. Qualquer profissional da
área sabe que um bom conhecimento gramatical não
é só um diferencial para a qualidade da sua escrita, mas também uma necessidade
para quem produz conteúdo.
As
palavras da língua portuguesa são distribuídas entre dez classes
gramaticais: preposição, pronome, interjeição, artigo, substantivo, adjetivo,
verbo, advérbio, conjunção e numeral.
Dentre
todas elas, a mais numerosa é a dos substantivos. Por isso,
entender bem os seus conceitos e variações é de fundamental importância
para escrever bem.
Neste
post, você conhecerá melhor os substantivos, bem como seus tipos e
classificações gramaticais. Está preparado?
O que é um substantivo?
O
substantivo é uma classe gramatical que serve para designar seres
(visíveis ou não), ações, estados, sentimentos, desejos e ideias. Por isso,
o conceito da palavra é bem amplo.
Sendo
assim, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma
variável que existe para dar nome:
·
às pessoas (Maria, Carlos, João,
Luiza…);
·
às qualidades (a beleza da
mulher, a teimosia do menino, a grandeza da
vida…);
·
àos sentimentos (amizade, raiva,
rancor…);
·
àos objetos (tênis, mesa, cigarro,
caixa…);
·
àos lugares (casa, escritório,
corredor, aeroporto, Alemanha, São Paulo…);
·
àos seres reais e imaginários (homem,
fada, Papai Noel, cachorro…);
·
às ações (tapa, corrida, piscadela,
movimento…).
Os
substativos podem ser precedidos por numerais (uma menina), pronomes (a
menina), ou adjetivos (linda menina).
Se
alguém te pedisse para classificar a palavra “amanhecer”, por exemplo, você
provavelmente responderia que é um verbo, certo? Afinal, essa é a
definição gramatical desse termo.
No
entanto, nas frases em que esse verbo segue um artigo, o verbo pode se tornar
um substantivo. Quando alguém diz “é muito bonito o amanhecer no
campo”, é como se a palavra “amanhecer” fosse “substantivada”.
Essa
transformação pode acontecer com todas as classes gramaticais, dentro de
um certo contexto linguístico.
A qual área da gramática o substantivo pertence?
Os
substantivos fazem parte da morfologia, que é uma
área responsável pelo estudo da formação, estruturação, flexão e classificação
de todas as palavras da língua portuguesa.
Um
diferencial dessa área é que ela realiza um estudo detalhado de
palavras e termos isolados, e não agrupados em frases, orações ou períodos. É
justamente a análise morfológica que cataloga todas as palavras que
conhecemos naquelas dez classes gramaticais que você viu na introdução.
Quais são as funções sintáticas dos substantivos?
Você
já sabe que a nossa língua possui uma quantidade muito grande de substantivos
que podem assumir funções diferentes, dependendo do contexto em que
se encontram.
A
função sintática de cada substantivo representa o papel que aquela palavra
desempenha dentro de uma oração, levando em consideração todas as outras
palavras que o acompanham naquele contexto (diferente da morfologia, que
estuda o substantivo sozinho).
Sendo
assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções
sintáticas:
1.
Sujeito (José foi
embora; cigarros causam câncer);
2.
Predicativo (ela é um anjo; o
primeiro colocado foi João);
3.
Objeto (preciso de um livro novo; procurei
algumas flores lá fora);
4.
Complemento nominal (a leitura do
livro é necessária para a prova);
5.
Vocativo (Pai, vamos embora!);
6.
Adjunto (o rosto de Maria é
muito bonito; comprei arroz no supermercado);
7.
Aposto (Fernanda Silva, a vítima,
morreu na hora);
8.
Agente da passiva (fui assaltado por
aquele homem).
Quais são as classificações possíveis dos
substantivos?
De
acordo com a norma culta, os nossos
substantivos recebem as seguintes classificações:
·
Comuns – referem-se a qualquer ser ou objeto de uma
determinada espécie sem particularizá-lo (jornal, canela, relógio, cidade,
garrafa…);
·
Próprios – particularizam e destacam algum ser em
particular dentro de determinada espécie. Geralmente, são escritos com letra
maiúscula (Maria, Japão, Ceará, Atlético…);
·
Concretos – servem para nomear seres que possuem
existência própria e independente (lápis, mulher, Deus, gato…);
·
Abstratos – nomeiam ações, qualidades, sentimentos e
estados que só dependem de outro ser concreto para existir (beleza, ensino,
bravura, pobreza, alegria…);
·
Coletivos – existem para designar um conjunto ou
pluralidade de seres da mesma espécie (flora, multidão, floresta, manada…);
·
Primitivos – são nomes únicos, que não derivam de
outros, mas podem originar diferentes palavras (livro, noite, água,
pedra…);
·
Derivados – são os nomes formados a partir de outras
palavras (livraria, noitada, aguaceiro, pedregulho…);
·
Simples – representam os nomes formados por
apenas uma palavra (terra, sapato, água, amor, cheiro…);
·
Compostos – são formados por mais de um elemento
(couve-flor, louva-a-deus, guarda-roupa…).
Como
você pode perceber, é possível que um mesmo substantivo possua várias
classificações diferentes.
Quais são os tipos de flexão dos substantivos?
Os substantivos
podem flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (diminutivo e aumentativo).
Muitas
dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na
nossa rotina. A palavra “gato”, por exemplo (que é singular e masculina),
possui várias versões para indicar
·
Plural: gatos.
·
Feminino: gata.
·
Aumentativo: gatarrão.
·
Diminutivo: gatinho.
Uma
confusão muito comum para quem está aprendendo sobre substantivos ocorre
geralmente com os conceitos de “sexo” e “gênero”. Nunca pense que os dois são a
mesma coisa!
Os
gêneros dizem respeito a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles
dotados de sexo ou não (o gato, a gata, a mesa, a mulher, o telefone, o caderno…).
São
considerados masculinos os substantivos que geralmente seguem os artigos “o”,
“os”, “um”, “uns”. Já os femininos costumam ser precedidos dos artigos
“a”, “as”, “uma” ou “umas”.
Até
mesmo alguns substantivos referentes à animais ou pessoas apresentam
uma discrepância entre gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre
será uma palavra masculina, ainda que o
termo esteja se referindo a uma pessoa do sexo feminino.
Substantivos
podem ter sentidos amplos e complicados à primeira vista, mas todo bom copywriter precisa
dominá-los e conhecer a morfologia das palavras para saber explorar as
possibilidades que possui em um texto.
Com
o tempo, você verá que não se trata de memorizar tantas especificações, mas
compreendê-las e saber como aplicá-las.