domingo, 28 de janeiro de 2018

REDAÇÃO (CUIDADO COM A MENSAGEM) CAP. 1






 

Para que haja comunicação, alguns elementos são essenciais. Muitas vezes não os notamos, mas cada vez que estabelecemos contato com alguém de alguma forma, eles estão presentes.

Veja cada um e sua função, separadamente:

Emissor – é aquele que emite, ou seja, que pronuncia ou envia uma mensagem. Também é chamado de remetente.

Receptor – é aquele que recebe a mensagem enviada pelo emissor. Como a mensagem é destinada a ele, também é chamado de destinatário, denominação comum em envelopes de correios.

Mensagem – é o conteúdo que é expedido, enviado.

Código – o modo como a mensagem é transmitida (escrita, fala, gestos, etc.)

Canal – é a fonte de transmissão da mensagem (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.)

Contexto – situação que envolve emissor e receptor

Agora, você terá como identificar cada um dos elementos nos mais variados atos comunicativos. Irá percebê-los toda vez que ler uma revista ou jornal, na conversa com um amigo, quando assistir um canal de TV ou quando ouvir uma música no rádio.

É importante saber os elementos envolvidos na comunicação, pois dessa forma você consegue saber, por exemplo, que tipo de linguagem o emissor está usando, conforme o canal utilizado ou que tipo de texto um emissor escolheu para falar de determinado contexto e o porquê desta escolha. Quem reflete sobre isso, tem mais capacidade de desenvolver seu lado crítico. Pois se o indivíduo sabe a origem da comunicação (emissor), o público-alvo (receptor), o conteúdo e a linguagem utilizada (mensagem e código), conseguirá relacionar essas informações com o objetivo do ato comunicativo dentro do contexto, da situação vivenciada no momento!

Então, quanto mais se comunicar, mais reflexivo e crítico (construtivista) se tornará! E é fácil: é necessário apenas que você usufrua dos subsídios comunicativos apontados acima!

Importante: ser crítico é diferente de ser opiniático. O primeiro tem uma posição formada a partir de leituras diferentes e da reflexão sobre elas. O segundo apenas emite sua opinião sem muito pudores.



REDAÇÃO, QUE BICHO É ESSE?




Denomina-se redação ao processo em que se estrutura um discurso escrito. A redação é uma arte, mas também uma técnica, à medida que é utilizada para garantir que o texto tenha certo nível de coerência.

Ela se desenvolve com o tempo e a prática, circunstância exigida continuamente na educação formal das crianças. Outros lugares que praticam a elaboração de textos também recebem o nome de redação, como é o caso dos jornais e revistas, que atribuem um lugar específico para profissionais capacitados para esse fim.

Podemos falar de redação a partir do momento que se desenvolveu a escrita
De fato, as sociedades primitivas careciam da palavra escrita como meio de comunicação. Além disso, muitos povos comunicavam suas ideias através de signos gráficos que não podem ser considerados como redação. Na verdade, a redação em geral está vinculada com a capacidade de comunicar-se através da escrita por reflexo da fala. Em algumas sociedades primitivas esta condição estava ausente pelo fato de que sua escrita era de índole hieroglífica.



No entanto, deixando em dúvida se estas comunidades faziam uso de um processo de redação, o certo é que este tipo de procedimento não poderia existir sem o desenvolvimento da escrita e de um conjunto de técnicas associadas. Inclusive quando foram desenvolvidas, é difícil mencionar se este processo de elaborar textos era comum e corrente pela maioria da população.



De certa forma, as comunidades primitivas eram basicamente orais, circunstância que se estendeu praticamente até a Idade Média
Na hora de redatar um texto, é necessário saber que tipo de discurso será utilizado e que tenha coerência e sentido. Assim, por exemplo, uma técnica muito empregada é o fato de dar um panorama geral daquilo que se quer dizer ou do que se pretende desenvolver passo a passo, separar as ideias principais em parágrafos e expandir a partir de ideias secundárias. Finalmente, os últimos parágrafos servem para concluir as primeiras ideias.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

DIVISÕES DA GRAMÁTICA



Gramática normativa – A gramática normativa é aquela que busca a padronização da língua com a denominada norma culta padrão. Estabelece as regras para falar e escrever corretamente. É a gramática ensina nas instituições escolares e em livros didáticos.

Gramática descritiva – A gramática descritiva preocupa-se com os fatos da língua, objetivando investigá-los como tais, sem estabelecer regras do que é certo e o que é errado. Esta gramática enfatiza as variedades linguísticas.

Gramática histórica – A gramática histórica ocupa-se do estudo da origem e evolução história de uma determinada língua.

Gramática comparativa – A gramática comparativa faz o estudo comparado de uma família de línguas. A Língua Portuguesa, por exemplo, é parte da Gramática Comparativa das línguas românicas.

Os diversos assuntos abordados pela Gramática pertencem a divisões específicas desta área de estudo. Confira essas divisões e as suas principais características:

Fonologia
Proveniente do grego phonos = voz/som; logos = palavra/estudo, a Fonologia é a parte que estuda o sistema sonoro de um idioma. É a área de estudo que se preocupa com a maneira pela qual os sons da fala (os fones) se organizam dentro de uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir significados: os denominados fonemas. Destacam-se, também, o estudo das vogais, semivogais, consoantes, dígrafos, encontros vocálicos e consonantais, estrutura silábica, acento, entonação, dentre outros.

Morfologia
Trata do estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras através de elementos morfológicos (ou mórficos), que são as unidades que formam uma palavra. Os elementos morfológicos compreendem o radical, o tema, a vogal temática, a vogal ou consoante de ligação, afixo, desinência nominal ou verbal. A morfologia estuda as palavras isoladamente e não dentro de uma frase ou período e está agrupada em dez classes de palavras (ou “classes gramaticais”), a saber: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

Sintaxe
Tem por finalidade estudar as relações que se estabelecem entre os termos das orações e dos períodos. Compreende o estudo do sujeito e predicado (termos essenciais da oração); os complementos verbais, complemento nominal e agente da passiva (termos integrantes da oração) e o adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo (termos acessórios da oração).

*Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas)



domingo, 21 de janeiro de 2018

CALÃO, GÍRIA E LÍNGUA PROFISSIONAL



A palavra gíria é um termo da sociolinguística. Trata-se de «linguagem informal caracterizada por um vocabulário rico em idiomatismos metafóricos, jocosos, elípticos, ágeis e mais efêmeros que os da língua tradicional»; «dialeto us[ado] por determinado grupo social que busca se destacar através de características particulares e marcas lingüísticas esp[eciais] em nível lexical [Seu processo de formação inclui truncamento, sufixação parasitária, acréscimo de sons ou sílabas, uso de certos códigos etc.]»; «linguagem de marginais que, não sendo exatamente compreendida por outras classes sociais, costuma funcionar como mecanismo de coesão tribal e como código interativo entre tais grupos [A gíria, a princípio linguagem de marginais, estendeu-se a outros grupos sociais.]»; e «linguagem própria daqueles que desempenham a mesma arte ou profissão; jargão» (cf. Dicionário Eletrônico Houaiss). Por extensão de sentido, é «linguajar rude; calão» (idem).

Calão, no contexto pretendido, é «linguajar rude, grosseiro; geringonça, gíria» e, por extensão de sentido, (regionalismo de Portugal com uso pejorativo) «fala ou vocabulário próprio de um grupo determinado de pessoas» (idem).

Assim, pode dizer-se que, em determinados contextos, gíria e calão são sinónimos.


LÍNGUA, IDIOMA E DIALETO


Língua: A língua é, sobretudo, um instrumento de comunicação, e é essa a sua maior finalidade. Ela pertence aos falantes, que dela apropriam-se para estabelecer interações com a sociedade onde vivem. Quando dizemos que a língua é um instrumento do povo, dizemos que, embora existam as normas gramaticais que regem um idioma, cada falante opta por uma forma de expressão que mais lhe convém, originando aquilo que chamamos de fala. A fala, embora possa ser criativa, deve ser regida por regras maiores e socialmente estabelecidas, caso contrário, cada um de nós criaria sua própria língua, o que impossibilitaria a comunicação. Na fala encontramos as variações linguísticas, que jamais devem ser vistas como transgressões ao idioma, mas sim como uma prova de que a língua é viva e dinâmica.

Idioma: O idioma é uma língua própria de um povo. Está relacionado com a existência de um Estado político, sendo utilizado para identificar uma nação em relação às demais. Por exemplo, no Brasil, o idioma oficial é o Português, comum à maioria dos falantes. Mesmo que existam comunidades que utilizem outros idiomas, apenas a língua portuguesa recebe o status de língua oficial. Existem países, como o Canadá, por exemplo, em que dois idiomas são considerados como oficiais, nesse caso, o francês e o inglês.

Dialeto: O dialeto é a variedade de uma língua própria de uma região ou território e está relacionado com as variações linguísticas encontradas na fala de determinados grupos sociais. As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir da análise de três diferentes fenômenos: exposição aos saberes convencionais (diferentes grupos sociais com maior ou menor acesso à educação formal utilizam a língua de maneiras diferentes); situação de uso (os falantes adequam-se linguisticamente às situações comunicacionais de acordo com o nível de formalidade) e contexto sociocultural (gírias e jargões podem dizer muito sobre grupos específicos formados por algum tipo de “simbiose” cultural).

Por Luana Castro
Graduada em Letras




quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

LÍNGUA E ESTILO



Rocha Lima ainda nos diz que “A língua é um sistema: um conjunto organizado e opositivo de relações, adotado por determinada sociedade para permitir o exercício da linguagem entre os homens”.

“A contribuição pessoal do indivíduo, manifestada na seleção, por ele feita, dos recursos que a língua subministra, é o que se chama, em sentido lato _ estilo, que Sêneca já havia definido como ‘o espelho da alma’.”

Sêneca foi um poeta latino que escreveu sátiras. Viveu na época de Nero, sendo seu preceptor, ou seja, professor.


“Os aspectos regionais de uma língua, que apresentam entre si coincidência de traços lingüísticos fundamentais, constituem os dialetos.”

“Calão é a língua especial das classes que vivem à margem da socidade, de caráter acentuadamente esotérico, artificialmente ‘fabricada’_ diz Dauzat _ para se poderem compreender entre si os indivíduos de certo grupo, sem serem entendidos pelos não-iniciados. Inspirada na dissimulação dos malfeitores, cria um conjunto de convenções que a estremam da língua-comum a que pertence, posto que nesta se desenvolva e emaranhe.”

“Gíria é a língua especial de uma profissão ou ofício, de um grupo socialmente organizado, quando implica por sua vez, educação idiomática deficiente. A gíria atinge a fraseologia e, especialmente, o vocabulário, já pela criação de palavras, já por se atribuírem novos valores semânticos às existentes. Freqüentemente, a serviço da expressividade ela se insinua na linguagem familiar de todas as camadas sociais.”

“A gírias dos grupos sociais de cultura elevada dá-se o nome de línguas profissionais ou técnicas. Em diferentes graus, têm sua linguagem mais ou menos especializada os médicos, os engenheiros, os filósofos, os diplomatas, os economistas, etc.”


Cada indivíduo, tem o seu modo de fazer um discurso, da mesma maneira, de acordo com a época ou com o lugar em que vive ou viveu, o indivíduo terá seu estilo de fazer um discurso. Assim, o estilo é o modo peculiar com que uma pessoa exprime seus pensamentos ou emoções. Cada autor tem seu estilo próprio, por exemplo, Machado de Assis tinha seu estilo de escrever, Renoir tinha seu estilo de pintar, Fernanda Montenegro tem seu estilo de representar, etc.



LINGUAGEM



Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. Linguística é o nome da ciência que se dedica ao estudo da linguagem.

Na linguagem do cotidiano, o homem faz uso da linguagem verbal e não-verbal para se comunicar. A linguagem verbal integra a fala e a escrita (diálogo, informações no rádio, televisão ou imprensa, etc.). Todos os outros recursos de comunicação como imagens, desenhos, símbolos, músicas, gestos, tom de voz, etc., fazem parte da linguagem não-verbal.

A linguagem corporal é um tipo de linguagem não-verbal, pois determinados movimentos corporais podem transmitir mensagens e intenções. Dentro dessa categoria existe a linguagem gestual, um sistema de gestos e movimentos cujo significado se fixa por convenção, e é usada na comunicação de pessoas com deficiências na fala e/ou audição.

Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal ao mesmo tempo. Por exemplo, uma história em quadrinhos integra, simultaneamente, imagens, símbolos e diálogos.

Dependendo do contexto social em que a linguagem é produzida, o falante pode usar a linguagem formal (produzida em situações que exigem o uso da linguagem padrão, por exemplo, salas de aula ou reuniões de trabalho) ou informal (usada quando existe intimidade entre os falantes, recorrendo a expressões coloquiais).

As linguagens artificiais (que são criadas para servirem a um fim específico, por exemplo, a lógica matemática ou a informática) também são designadas por linguagens formais. A linguagem de programação de computadores é uma linguagem formal que consiste na criação de códigos e regras específicas que processam instruções para computadores.



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