Rio - Destruído por um incêndio
em 2015, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, tem sua reabertura
prevista para dezembro de 2019. Quando voltar a receber visitantes, o
equipamento cultural terá mais espaço destacado ao português falado fora do
Brasil que sua versão anterior e manterá a diversidade de sotaques dos
brasileiros.
Segundo o presidente da empresa
de energia portuguesa EDP no Brasil, Miguel Setas, o museu exibirá para
brasileiros e turistas a riqueza que a língua portuguesa adquiriu ao se espalhar
da Europa para a África, América e Ásia, chegando até a fronteira com a
Oceania, e somando 260 milhões de falantes atualmente. A EDP é uma das
patrocinadoras da reconstrução, ao lado da Fundação Roberto Marinho, do Grupo
Globo, do Itaú e da Sabesp.
"Agora vamos ter um museu
que capta todas essas tonalidades do português ao redor do mundo", disse
Miguel. "É um conteúdo que é muito importante para os brasileiros, porque
é desconhecida muitas vezes essa difusão do português".
Além de Brasil e Portugal, falam
português Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné
Equatorial, Guiné-Bissau e Timor-Leste. Em Macau, na China, a língua não é a
oficial, mas continua a ter falantes, já que a região também teve colonização
portuguesa.
Setas informou que a reforma do
museu caminha em ritmo acelerado e que, após a conclusão da fachada e da
cobertura, os esforços agora se concentram nos recursos tecnológicos e no
acervo.
Quando foi inaugurado, em 2006, o
museu encontrou uma população menos habituada a usar tecnologia em seu dia a
dia, e, em 2019, deve contar com recursos como paredes táteis e equipamentos de
direcionamento sonoro para surpreender os visitantes.
A nova versão do museu não vai
apagar ou tentar esconder o incêndio que o destruiu, mas incorporá-lo como
parte de sua história. Na visita, será possível ver sinais do fogo integrando o
acervo, como madeira queimada.
Outra novidade deve ser o terraço
do espaço, que antes era fechado e agora será um espaço com vista aberto a visitação
e realização de eventos.
"Isso vai conferir ao museu
um charme ainda maior do que tinha antes".
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