domingo, 8 de abril de 2018

RELATO PESSOAL (CAPÍTULO 9)






O Relato Pessoal é uma modalidade textual que apresenta uma narração sobre um fato ou acontecimento marcante da vida de uma pessoa. Nesse tipo de texto, podemos sentir as emoções e sentimentos expressos pelo narrador.

Tal qual uma narração o relato pessoal apresenta um tempo e espaços bem definidos donde o narrador torna-se o protagonista da história.

Note que além de narrativo, o relato pessoal pode ser descritivo, com a descrição do local, personagens e objetos.

De acordo com o grau de intimidade entre os interlocutores (emissor e o receptor), a linguagem utilizada no relato pessoal pode ser formal ou informal.

Observe que o relato possui uma função comunicativa muito importante na construção das subjetividades podendo ser nas modalidades: escrito ou oral.

Os relatos pessoais podem ser divulgados pelos meios de comunicação, por exemplo, jornal, revista, livro, internet, redes sociais, dentre outros.

Relato Oral e Relato Escrito

Ainda que sejam textos que possuam a mesma função comunicativa, ou seja, de relatar um episódio relevante da vida do protagonista (narrador), os relatos pessoais podem surgir de maneira oral ou escrita.

A grande diferença entre as duas modalidades é certamente a linguagem empregada em cada uma delas.

Enquanto no relato oral notamos a presença da oralidade com uma linguagem mais descontraída, no relato escrito, a linguagem formal é utilizada seguindo as normas da língua como concordâncias, pontuação, ortografia, dentre outros.

É possível que um relato oral seja transformado em escrito por meio da técnica de transcrição da fala do protagonista.


Nesse caso, faz se necessário organizar o texto e incluir pontuação, concordância e nalguns casos, substituir algumas expressões populares (por exemplo, gírias) que marcam oralidade do discurso.

Características

As principais características do relato pessoal são:

Textos narrados em 1ª pessoa
Verbos no presente e em grande parte no pretérito (passado)
Caráter subjetivo
Experiências pessoais
Presença de emissor e receptor
Estrutura: Como Fazer um Relato Pessoal?
Ainda que não exista uma estrutura fixa, para produzir um relato pessoal é essencial estarmos atentos a alguns pontos, por exemplo: quem? (narrador que produz o relato), o que? (fato a ser narrado), quando? (tempo), onde? (local que ocorreu), como? (de que maneira aconteceu o fato) e porque? (qual o causador do fato):


Título: ainda que não seja necessário em todos os relatos, há alguns indicados com um título referente ao tema que será abordado.
Tema: primeiramente é importante delimitar o tema (assunto) que será abordado no relato pessoal, seja um evento que ocorreu, uma fase da vida, uma conquista, uma superação, ou até mesmo uma história triste.
Introdução: pequeno trecho em que aparecem as principais ideias que se quer relatar. Nessa parte é possível encontrar o local, tempo e personagens que fazem parte da narrativa.
Contexto: observe em que contexto se passa o relato que será narrado. Fique atento a utilização dos tempos verbais no presente e no passado e ainda ao espaço (local) que ocorrem os fatos.
Personagens: observe no seu relato quais são as pessoas envolvidas e de qual maneira devemos mencioná-las no texto. Por exemplo se elas são relevantes e fazem parte do acontecimento.
Desfecho: após apresentar a sequência de fatos (ordem dos acontecimentos), é extremamente importante pensar numa conclusão para seu relato, seja uma questão que surgiu com a escrita, ou mesmo uma sugestão para as pessoas enfrentam tal problema.
Exemplos de Relato Pessoal
:

 Trecho de Relato Pessoal Escrito da Artista Plástica Martha Cavalcanti Poppe

“Meu nome é Martha Cavalcanti Poppe, nome de casada, eu nasci no dia 16 de abril de 1940 no Rio de Janeiro. Meus pais se chamam Carmem Cordeiro Cavalcanti, de Pernambuco, e Fernando de Lima Cavalcanti, também de Pernambuco, minha família toda é de Pernambuco, eu é que nasci aqui por acaso.

A família da minha mãe é Pernambuco, mas ela tinha origens mais ancestrais, cearenses, mas a família toda era de Pernambuco, e do meu pai, o meu pai era de uma família de usineiros pernambucanos, e eles, quando vieram aqui para o Rio, quando saíram de Recife vieram para o Rio para tentar uma nova vida.

Nunca tive muito contato com os meus avós, por causa das idades, minha relação era muito íntima, muito ligada aos meus pais, e quando eu fiz mais ou menos oito anos, desde seis anos de idade que maior prazer sempre foi desenhar, eu comecei a aprender a pintar com uma pintora impressionista brasileira chamada Georgina de Albuquerque.

Quando eu fiz 17 anos é que eu fiquei muito, fiquei interessada em fazer a Belas Artes e sempre tive muito apoio dos pais em relação a isso, meu pai era um desenhista, desenhava muito bem, a minha mãe, ela bordava, costurava e também tinha muito talento para desenho, eles sempre foram muito ligados a essa parte artística.”



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